Análises bromatológicas nada mais é do que a análise da composição do alimento, como quantidade de proteínas, lipídeos, água, fibras, vitaminas, minerais…
Para a formulação de uma dieta animal, há a necessidade de se conhecer a composição dos alimentos, para assim adicionar quantidades suficientes de nutrientes sem haver perdas da saúde do animal, além de perdas econômicas.
A análise bromatológica é avaliada da seguinte forma:
- pH – determinação do pH do alimento. Alguns alimentos, como por exemplo a silagem de milho, durante sua produção há formação de ácido lático, o qual diminui o pH. Para silagens de milho o pH ideal é de 3,8 a 4,5.
- MS (matéria seca) – é o peso do alimento sem a água. Nessa porção que estão todos os nutrientes do alimento. Sempre deve ser analisado em conjunto com a umidade (U), pois alguns alimentos dependem da umidade para a sua preservação. Todos os outros parâmetros são avaliados a partir da determinação da MS, por esse motivo deve-se sempre considerar para o cálculo da dieta animal.
- Proteína bruta (PB) – é avaliada a partir da determinação do nitrogênio. Geralmente as rações concentradas possuem papel fundamental para para suplementar as deficiências de proteína do volumoso, por esse motivo é fundamental determinar a quantidade de proteína de todo alimento fornecido para o animal e assim evitar desperdícios com outras fontes de nutrientes.
- Fibra bruta (FB) – é constituído pela celulose, hemicelulose e lignina. Há duas formas de se estimar, através de análises laboratoriais ou de cálculos envolvendo o FDA. Os resultados da fibra bruta acabam não sendo totalmente confiáveis, pois durante o processo laboratorial parte do material pode ser perdido, subestimando o valor.
- Fibra detergente neutro (FDN) – avalia a porção de fibra do alimento, sendo o melhor parâmetro para avalia-la. Está inversamente proporcional ao consumo do alimento e relacionada a espécie vegetal e estádio vegetativo.
- Fibra detergente ácido (FDA) – está contida no FDN, representa a celulose e lignina, portanto quanto maior o FDA menor a qualidade do alimento. Ele indica a digestibilidade e o valor energético do alimento.
- Matéria Mineral (MM) – representa a porção mineral do alimento, está inversamente proporcional a matéria orgânica (MO), quanto maior a matéria mineral menor será a qualidade do alimento.
- Extrato etéreo (EE) – corresponde a porção de lipídeos/gordura do alimento. Corresponde a uma das análises mais importantes, pois é a porção mais energética do alimento.
- Nutrientes digestíveis totais (NDT) – é uma medida do valor energético do alimento, extremamente importante para formulação de dietas para ruminantes.
- Digestibilidade da matéria seca (DMS) – é a relação entre a quantidade de alimento que o animal ingere e a quantidade que o animal digere.
- Energia digestível (ED) – é a diferença da energia bruta do alimento e da energia bruta das fezes, é expressa em calorias.
- Energia metabolizável (EM) – avalia apenas a energia contida nas fezes e não as perdidas pela urina ou gases, por exemplo.
- Valor relativo nutricional (VRN) – é um índice que mede a qualidade do alimento (silagem e forragens).
- Extrato não nitrogenado (ENN) – porção do alimento que possui alta digestibilidade e energia, corresponde há vários componentes, como: extrato etéreo, proteína bruta, fibra bruta, matéria mineral.
Macro e micronutrientes
Ainda, pode-se optar por análises que avaliam a quantidade de micro e macronutrientes como Cálcio, Magnésio, Fósforo, Potássio, Sódio, entre outros. Podendo, assim, formular dietas seguras e correspondente ao que o animal necessita.
Análises de sanidade
Análises microbiológicas como pesquisas de fungos e bactérias patogênicas, assim como a presença de micotoxinas como zearalenona, aflatoxinas e ocratoxina, também podem ser realizadas, assim a saúde do animal não será prejudicada.
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Autora: Dra. Alessandra Snak
Fonte: Métodos de análises bromatológicas de alimentos: métodos físicos, químicos e bromatológicos, Embrapa, 2010.